segunda-feira, 2 de abril de 2012

Cadê os direitos humanos e do consumidor dentro do supermercado Extra?

Cadê os direitos humanos e do consumidor dentro do supermercado Extra?
Cadê os direitos humanos e do consumidor dentro do supermercado Extra?
Vi uma coisa que me chamou a atenção. Um funcionário da rede de supermercados Extra, com uma estampa nas costas com a frase: “Prevenção de perdas”. Antes um funcionário da loja havia anunciado no som: “Atenção prevenção de perdas, ir ao setor tal”. Não me lembro qual o setor. Mas logo vi aonde eles estavam. Um funcionário da loja, de forma intimidadora, preconceituosa, discriminadora, olhava de forma fixa para um rapaz de cor negra, mal vestido, que procurava algo em uma prateleira. Discretamente eu observava a cena. Algumas pessoas notaram, mas passavam. Eu fiquei olhando, procurando ver o que ele, o funcionário, estava intimidando o rapaz. Depois de alguns instantes, o rapaz, com duas latas de refrigerante na mão, e um pacote com alguns pães, dirigiu-se a um caixa. E o funcionário “prevenção de perdas” o seguia. Fui na mesma direção para procurar fazer alguma coisa a favor do jovem negro. E, mesmo na fila do caixa, o funcionário “prevenção de perdas” continuava intimidando o rapaz de cor negra, pobre, mal vestido. Aquilo estava me deixando mal, fiquei sem entender como ainda hoje ocorrem coisas deste tipo. Pelo que aprendi de direito na Universidade, uma pessoa só pode ser acusada de roubo, quando preso em flagrante delito, carregando algo que não lhe pertence (BOBBIO, 2007). E, ainda dentro da loja, nada poderá ser provado que a pessoa rouba, já que o acesso às prateleiras é livre. No caso, o funcionário só poderia agir de forma a prevenir a perda, caso o consumidor passasse pelos caixas sem pagar aquilo que estava na mão ou mesmo escondido. Mas não era o que estava acontecendo. A burguesia surrupia da força de trabalho do proletário, mas não aceita nem uma suspeita contra o seu capital (MARX, 1981). Agora vem a pergunta: afinal, no Brasil, as coisas ocorrem de forma preconceituosa, com sérios resquícios de nazismo/fascismo por parte de uma empresa deste porte e nada acontece? Incrível como se está atrasado, superado em termos de direitos humanos. Percebo que o País, desde 2002 vem decrescendo cada vez mais, os direitos humanos foram para o lixo. E os direitos do consumidor?
REFERÊNCIAS
MARX, Karl. Manifesto Comunista. São Paulo: Global, 1981.
BOBBIO, Norberto. Teoria da Democracia. São Paulo: L e PM, 2007.

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