quarta-feira, 17 de julho de 2013

A DEFASAGEM DOS INSTITUTOS DE PESQUISAS E A REVOLUÇÃO DAS REDES SOCIAIS

Artigo
#ogiganteacordou: as manifestações de junho de 2013 e os Institutos de Pesquisas Tradicionais
Roberto Soares
A televisão chegou atrás, pois apenas mostrou o que as Redes Sociais postaram. Antes, refém dos meios de comunicação, as pessoas passaram a se desinteressar dos jornais, pois só faziam ouvir, e ouvir sem comunicar é dominação. Cansa. E os homens e as mulheres partiram para o processo interativo. E-mail, Facebook, twitter e muitos outros.
E na simples comunicação, reduzindo o tamanho das palavras, dizendo coisas simples, mas sinceras, as pessoas descobriram um novo mundo. E a coisa não ficou só no computador não, partiu para tablete, notebook, celulares e vários meios eletrônicos de comunicação. Aonde se via pessoas passando, um celular ao ouvido, atentos, comunicação de massa, sim, interatividade entre as pessoas numa teia de conversas, invisíveis, em todo o mundo.
E esse negócio só poderia resultar em uma coisa: informação. E de repente, as aulas de professores alheios aos processos digitais ficaram sendo consideradas coisas do passado, história da Carochinha.
Fica até difícil descrever o óbvio. E as Redes Sociais foram ganhando terreno.
Encontros marcados
Os encontros via Redes Sociais passaram a se tornarem comuns, silenciosamente. Vez por outra, os jornais de televisão apontavam os perigos da internet, pais ficavam preocupados com os filhos. As empresas ultra conservadoras viam na internet apenas um meio de trabalho rotineiro, formas de jogar games, bate-papos e outros entretenimentos do tipo água com açúcar.
Enquanto isso, o gigante da comunicação mundial ganhava vida. Todo tipo de objetos eletrônicos inundavam os mercados, lixo digital, críticas ambientalistas, e muitas outras formas de se ver um perigo e um benefício da internet.
Comércio aquecido
E o comércio cada vez mais se aquecia com as vendas, lojas de informática apareciam da noite para o dia, cursos, currículos adaptados aos meios eletrônicos, cursos online. Enfim, uma rede que se estendia de forma mundial, universal. Interatividade a todo vapor.
Manifestações
E de uma hora para outra, surgem as manifestações durante todo o mês de junho de 2013. Todas movidas pelas Redes Sociais, com o Facebook liderando, seguido do twitter e outros.
Milhões de pessoas foram as ruas exigir saúde, educação, transporte, habitação, segurança, qualidade de vida e muitas coisas que nem cabiam nos cartazes de cartolina.
Pesquisas dos institutos
Apesar de tudo isso, os institutos de pesquisa do tipo IBOPE, DataFolha, Vox Populi, CNT e outros não evoluíram, pois não souberam coletar dados pela internet, numa maneira clara de dizer que também estão desatualizados. E só pode, pois há anos trabalhando por encomenda para partidos políticos, dinheiro certo, sem risco, o resultado seria esse mesmo.
O certo é que as coisas mudaram. As pesquisas dos institutos estão defasadas, estão na mesma situação da máquina de datilografia diante do computador. Os institutos não estão sabendo trabalhar com as Redes Sociais. E é simples, pois eles não sabem fazer, não aprenderam, os contratos sem transparência negociados com os governos através dos tempos fizeram com que eles não acompanhassem nada.
Por isso, os dados fornecidos por estes meios de coleta de dados, mostrando uma amostra muito aquém da população brasileira, são duvidosos. Na verdade, nunca acertaram, pois as pesquisas trabalhavam de acordo com a corrupção do sistema eleitoral burguês. Tudo feito para bater. O que o instituto mostra é o caixa dois, apenas isso. E o governo faz a sua parte, manipula os dados da eleição, urna eletrônica, biometria, numa tentativa de enganar. Mas o #giganteacordou.

terça-feira, 9 de julho de 2013

#CFM questiona as medidas #MaisMédicos anunciadas por Dilma...Governo fracassa de novo...


#CFM questiona as medidas #MaisMédicos anunciadas por Dilma...

Entidades médicas vão questionar programa Mais Médicos na Justiça

·         Federação Nacional dos Médicos fala em greve geral contra programa anunciado por Dilma e compara medidas ao trabalho escravo

Evandro Éboli e Larissa Ferrari (Email · Facebook · Twitter)

·Publicado:8/07/13 - 19h02

·Atualizado:8/07/13 - 21h01

BRASÍLIA e RIO - O Conselho Federal de Medicina (CFM), em conjunto com entidades da saúde, anunciou nesta segunda-feira que nos próximos dias as medidas do programa Mais Médicos, anunciado nesta segunda-feira pela presidente Dilma Rousseff, serão questionadas na Justiça, por contrariarem a Constituição ao estipularem “cidadãos de segunda categoria, atendidos por pessoas cuja formação profissional suscita dúvidas”. Além disso, o presidente da Federação Nacional dos Médicos (FNM), Geraldo Ferreira, fez duras críticas ao programa e falou que pode haver uma greve geral da categoria contra as medidas anunciadas. Ferreira afirmou que no próximo dia 11 a categoria vai participar de uma manifestação em que vai discutir a possibilidade de uma greve geral.

— Precisamos dar uma resposta forte ao governo. O sentimento do médico é de que o governo procura confronto — disse o dirigente.

Para Ferreira, o programa precariza o trabalho do médico brasileiro e explora a mão de obra do profissional. O dirigente comparou as medidas à exploração de trabalho escravo.

Veja também










— Lamentamos profundamente a contratação do médico de forma precarizada como foi anunciada. O que o governo deveria fazer era realizar concursos e pagar decentemente o profissional, e não oferecer uma bolsa de R$ 10 mil, o que desrespeita a legislação trabalhista. Causa revolta — disse Ferreira.

Na carta, assinada pela Associação Médica Brasileira (AMB), Associação Nacional De Médicos Residentes (ANMR), Conselho Federal De Medicina (CFM) e Federação Nacional Dos Médicos (FNM), as entidades reconhecem que o governo precisa melhorar o acesso à saúde, mas avaliam que as medidas anunciadas mostram “incompreensão das autoridades à expectativa real da população”, e não “medidas paliativas, inócuas ou de resultado duvidoso”. Elas avaliam como “irresponsáveis” a vinda de médicos estrangeiros sem aprovação no Revalida e a abertura de mais vagas em escolas médicas “sem qualidade”.

Além da importação de médicos, o plano anunciado em Brasília prevê que curso de medicina terá mais 2 anos, com serviço obrigatório no Sistema Único de Saúde. O estudante receberá bolsa pelos serviços e a medida deve valer em 2015. As entidades da área de saúde questionaram o aumento em dois anos do tempo de formação dos médicos, o que eles chamam de “manobra que favorece a exploração de mão de obra”.

Fereira também criticou também a contratação de médicos estrangeiros sem necessidade do Revalida, o exame de reconhecimento do diploma.

— O Revalida é o atestado desse médico. Sem ele não teremos a menor condição de saber se o profissional tem uma formação adequada. O pior de tudo é que o governo quer trazer sem o Revalida e fixá-lo num lugar de onde ele não poderá sair. Isso é trabalho escravo. Vamos denunciar na OIT (Organização Internacional do Trabalho).

Ferreira criticou também a ampliação de seis para oito anos o curso de Medicina, com a exigências que nesses dois últimos anos o profissional se dedique ao SUS.

— Essa é outra exploração grosseria do trabalho médico. Não sei quem foi o cérebro que pensou nisso. É indecente. O médico não completa o curso em seis anos. Ele faz mais três ou cinco de especialização para poder entrar no mercado. Ou seja, vai pular de 11 para 13 anos de formação. É um contrassenso — disse.

Para presidente da SBMFC, é questionável medida do governo

O presidente da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC), Nulvio Lermen Junior, disse nesta segunda-feira que é duvidosa a medida do governo de obrigar recém-formados em Medicina a trabalhar no Sistema Único de Saúde (SUS) por dois anos para obter diploma. Para ele, o SUS precisa de profissionais já qualificados. A SBMFC representa os médicos que prestam serviços de Atenção Primária em Saúde, como o Programa de Saúde da Família (PSF).

Nulvio Lermen Junior reconhece a necessidade de prover médicos em algumas regiões brasileiras, como o Norte e o Nordeste. Segundo Lermen, que também é coordenador da residência em Medicina de Família e Comunidade do município do Rio de Janeiro, o problema que causa a carência de médicos nas periferias das grandes cidades e no interior do país é multifatorial.

— O governo tem que melhorar a infraestrutura, criar um plano de carreira adequado, oferecer condições de vida apropriadas para os profissionais e para a família e, claro, com salário condizente, que não precisa ser muito diferente das outras regiões. Não adianta atender a só um desses itens. Do contrário, a pessoa pode até ir se aventurar, mas acabar logo desistindo. Não há alguém que aguente viver por muito tempo sem esses fatores envolvidos — declarou Lermen.

A SBMFC não enxerga restrições na contratação de médicos estrangeiros. No entanto, o presidente da entidade defende a aplicação de um exame de validação do profissional estrangeiro para que este possa atuar no país, de forma que garanta a saúde do paciente. Lermen acredita que essa importação de médicos pode ajudar a sanar o déficit existente nesses locais, mas considera que muitos brasileiros poderiam se interessar por essas vagas se o emprego apresentasse melhores condições.

Segundo Nulvio Lermen Junior, profissionais de organizações que realizam trabalhos de cunho social em lugares tão longe, como os Médicos Sem Fronteira, não seriam suficientes para a demanda. Além disso, para Lermen, é pessoal a explicação sobre por que esses médicos escolhem se dedicar a outros países para ações humanitárias ao invés do Brasil.

— Eles se fixariam nesses lugares sem problema algum, mas sabemos que são poucos médicos que se propõem a trabalhar nessas condições e são poucos os médicos dispostos a sair para missões, que são de curta duração. A proposta do governo não é esta, mas sim de um ano, dois anos ou mais. Ações como Médicos Sem Fronteira não seriam a resposta para o problema que o governo quer enfrentar — afirmou Lermen.

Na cidade do Rio de Janeiro, Nulvio Lermen Junior conta que o principal motivo que desestimula a categoria é a violência. Ele relata que médicos já não veem com tanto receio a atuação em comunidades, desde que estas estejam pacificadas. Lermen cita o Complexo da Maré como um dos locais onde faltam profissionais.

Para o presidente do Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp), Renato Azevedo Jr., o governo federal não pode obrigar onde um estudante de Medicina deverá atuar. Ele lembra que a Constituição garante o direito do indivíduo escolher a sua profissão e área de atuação. Na avaliação dele, essa proposta deveria ser melhor discutida entre o governo federal e entidades da categoria. Segundo ele, a iniciativa nunca foi objeto de debate com entidades médicas.

— A Constituição Federal garante o direito de ir e vir. Não se pode fazer uma coisa obrigatória. Com essas propostas demagógicas, o país acaba escamoteando o tema do subfinanciamento da saúde pública. Nós exigimos que se trate realmente da saúde como prioridade, não com retórica pré-eleitoral — criticou.

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Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/pais/entidades-medicas-vao-questionar-programa-mais-medicos-na-justica-8963915#ixzz2YZFVuSxR
© 1996 - 2013. Todos direitos reservados a Infoglobo Comunicação e Participações S.A. Este material não pode ser publicado, transmitido por broadcast, reescrito ou redistribuído sem autorização.

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Evandro Éboli e Larissa Ferrari (Email · Facebook · Twitter)

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·Atualizado:8/07/13 - 21h01

BRASÍLIA e RIO - O Conselho Federal de Medicina (CFM), em conjunto com entidades da saúde, anunciou nesta segunda-feira que nos próximos dias as medidas do programa Mais Médicos, anunciado nesta segunda-feira pela presidente Dilma Rousseff, serão questionadas na Justiça, por contrariarem a Constituição ao estipularem “cidadãos de segunda categoria, atendidos por pessoas cuja formação profissional suscita dúvidas”. Além disso, o presidente da Federação Nacional dos Médicos (FNM), Geraldo Ferreira, fez duras críticas ao programa e falou que pode haver uma greve geral da categoria contra as medidas anunciadas. Ferreira afirmou que no próximo dia 11 a categoria vai participar de uma manifestação em que vai discutir a possibilidade de uma greve geral.

— Precisamos dar uma resposta forte ao governo. O sentimento do médico é de que o governo procura confronto — disse o dirigente.

Para Ferreira, o programa precariza o trabalho do médico brasileiro e explora a mão de obra do profissional. O dirigente comparou as medidas à exploração de trabalho escravo.

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— Lamentamos profundamente a contratação do médico de forma precarizada como foi anunciada. O que o governo deveria fazer era realizar concursos e pagar decentemente o profissional, e não oferecer uma bolsa de R$ 10 mil, o que desrespeita a legislação trabalhista. Causa revolta — disse Ferreira.

Na carta, assinada pela Associação Médica Brasileira (AMB), Associação Nacional De Médicos Residentes (ANMR), Conselho Federal De Medicina (CFM) e Federação Nacional Dos Médicos (FNM), as entidades reconhecem que o governo precisa melhorar o acesso à saúde, mas avaliam que as medidas anunciadas mostram “incompreensão das autoridades à expectativa real da população”, e não “medidas paliativas, inócuas ou de resultado duvidoso”. Elas avaliam como “irresponsáveis” a vinda de médicos estrangeiros sem aprovação no Revalida e a abertura de mais vagas em escolas médicas “sem qualidade”.

Além da importação de médicos, o plano anunciado em Brasília prevê que curso de medicina terá mais 2 anos, com serviço obrigatório no Sistema Único de Saúde. O estudante receberá bolsa pelos serviços e a medida deve valer em 2015. As entidades da área de saúde questionaram o aumento em dois anos do tempo de formação dos médicos, o que eles chamam de “manobra que favorece a exploração de mão de obra”.

Fereira também criticou também a contratação de médicos estrangeiros sem necessidade do Revalida, o exame de reconhecimento do diploma.

— O Revalida é o atestado desse médico. Sem ele não teremos a menor condição de saber se o profissional tem uma formação adequada. O pior de tudo é que o governo quer trazer sem o Revalida e fixá-lo num lugar de onde ele não poderá sair. Isso é trabalho escravo. Vamos denunciar na OIT (Organização Internacional do Trabalho).

Ferreira criticou também a ampliação de seis para oito anos o curso de Medicina, com a exigências que nesses dois últimos anos o profissional se dedique ao SUS.

— Essa é outra exploração grosseria do trabalho médico. Não sei quem foi o cérebro que pensou nisso. É indecente. O médico não completa o curso em seis anos. Ele faz mais três ou cinco de especialização para poder entrar no mercado. Ou seja, vai pular de 11 para 13 anos de formação. É um contrassenso — disse.

Para presidente da SBMFC, é questionável medida do governo

O presidente da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC), Nulvio Lermen Junior, disse nesta segunda-feira que é duvidosa a medida do governo de obrigar recém-formados em Medicina a trabalhar no Sistema Único de Saúde (SUS) por dois anos para obter diploma. Para ele, o SUS precisa de profissionais já qualificados. A SBMFC representa os médicos que prestam serviços de Atenção Primária em Saúde, como o Programa de Saúde da Família (PSF).

Nulvio Lermen Junior reconhece a necessidade de prover médicos em algumas regiões brasileiras, como o Norte e o Nordeste. Segundo Lermen, que também é coordenador da residência em Medicina de Família e Comunidade do município do Rio de Janeiro, o problema que causa a carência de médicos nas periferias das grandes cidades e no interior do país é multifatorial.

— O governo tem que melhorar a infraestrutura, criar um plano de carreira adequado, oferecer condições de vida apropriadas para os profissionais e para a família e, claro, com salário condizente, que não precisa ser muito diferente das outras regiões. Não adianta atender a só um desses itens. Do contrário, a pessoa pode até ir se aventurar, mas acabar logo desistindo. Não há alguém que aguente viver por muito tempo sem esses fatores envolvidos — declarou Lermen.

A SBMFC não enxerga restrições na contratação de médicos estrangeiros. No entanto, o presidente da entidade defende a aplicação de um exame de validação do profissional estrangeiro para que este possa atuar no país, de forma que garanta a saúde do paciente. Lermen acredita que essa importação de médicos pode ajudar a sanar o déficit existente nesses locais, mas considera que muitos brasileiros poderiam se interessar por essas vagas se o emprego apresentasse melhores condições.

Segundo Nulvio Lermen Junior, profissionais de organizações que realizam trabalhos de cunho social em lugares tão longe, como os Médicos Sem Fronteira, não seriam suficientes para a demanda. Além disso, para Lermen, é pessoal a explicação sobre por que esses médicos escolhem se dedicar a outros países para ações humanitárias ao invés do Brasil.

— Eles se fixariam nesses lugares sem problema algum, mas sabemos que são poucos médicos que se propõem a trabalhar nessas condições e são poucos os médicos dispostos a sair para missões, que são de curta duração. A proposta do governo não é esta, mas sim de um ano, dois anos ou mais. Ações como Médicos Sem Fronteira não seriam a resposta para o problema que o governo quer enfrentar — afirmou Lermen.

Na cidade do Rio de Janeiro, Nulvio Lermen Junior conta que o principal motivo que desestimula a categoria é a violência. Ele relata que médicos já não veem com tanto receio a atuação em comunidades, desde que estas estejam pacificadas. Lermen cita o Complexo da Maré como um dos locais onde faltam profissionais.

Para o presidente do Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp), Renato Azevedo Jr., o governo federal não pode obrigar onde um estudante de Medicina deverá atuar. Ele lembra que a Constituição garante o direito do indivíduo escolher a sua profissão e área de atuação. Na avaliação dele, essa proposta deveria ser melhor discutida entre o governo federal e entidades da categoria. Segundo ele, a iniciativa nunca foi objeto de debate com entidades médicas.

— A Constituição Federal garante o direito de ir e vir. Não se pode fazer uma coisa obrigatória. Com essas propostas demagógicas, o país acaba escamoteando o tema do subfinanciamento da saúde pública. Nós exigimos que se trate realmente da saúde como prioridade, não com retórica pré-eleitoral — criticou.

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Entidades médicas vão questionar programa Mais Médicos na Justiça

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·Atualizado:8/07/13 - 21h01

BRASÍLIA e RIO - O Conselho Federal de Medicina (CFM), em conjunto com entidades da saúde, anunciou nesta segunda-feira que nos próximos dias as medidas do programa Mais Médicos, anunciado nesta segunda-feira pela presidente Dilma Rousseff, serão questionadas na Justiça, por contrariarem a Constituição ao estipularem “cidadãos de segunda categoria, atendidos por pessoas cuja formação profissional suscita dúvidas”. Além disso, o presidente da Federação Nacional dos Médicos (FNM), Geraldo Ferreira, fez duras críticas ao programa e falou que pode haver uma greve geral da categoria contra as medidas anunciadas. Ferreira afirmou que no próximo dia 11 a categoria vai participar de uma manifestação em que vai discutir a possibilidade de uma greve geral.

— Precisamos dar uma resposta forte ao governo. O sentimento do médico é de que o governo procura confronto — disse o dirigente.

Para Ferreira, o programa precariza o trabalho do médico brasileiro e explora a mão de obra do profissional. O dirigente comparou as medidas à exploração de trabalho escravo.

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— Lamentamos profundamente a contratação do médico de forma precarizada como foi anunciada. O que o governo deveria fazer era realizar concursos e pagar decentemente o profissional, e não oferecer uma bolsa de R$ 10 mil, o que desrespeita a legislação trabalhista. Causa revolta — disse Ferreira.

Na carta, assinada pela Associação Médica Brasileira (AMB), Associação Nacional De Médicos Residentes (ANMR), Conselho Federal De Medicina (CFM) e Federação Nacional Dos Médicos (FNM), as entidades reconhecem que o governo precisa melhorar o acesso à saúde, mas avaliam que as medidas anunciadas mostram “incompreensão das autoridades à expectativa real da população”, e não “medidas paliativas, inócuas ou de resultado duvidoso”. Elas avaliam como “irresponsáveis” a vinda de médicos estrangeiros sem aprovação no Revalida e a abertura de mais vagas em escolas médicas “sem qualidade”.

Além da importação de médicos, o plano anunciado em Brasília prevê que curso de medicina terá mais 2 anos, com serviço obrigatório no Sistema Único de Saúde. O estudante receberá bolsa pelos serviços e a medida deve valer em 2015. As entidades da área de saúde questionaram o aumento em dois anos do tempo de formação dos médicos, o que eles chamam de “manobra que favorece a exploração de mão de obra”.

Fereira também criticou também a contratação de médicos estrangeiros sem necessidade do Revalida, o exame de reconhecimento do diploma.

— O Revalida é o atestado desse médico. Sem ele não teremos a menor condição de saber se o profissional tem uma formação adequada. O pior de tudo é que o governo quer trazer sem o Revalida e fixá-lo num lugar de onde ele não poderá sair. Isso é trabalho escravo. Vamos denunciar na OIT (Organização Internacional do Trabalho).

Ferreira criticou também a ampliação de seis para oito anos o curso de Medicina, com a exigências que nesses dois últimos anos o profissional se dedique ao SUS.

— Essa é outra exploração grosseria do trabalho médico. Não sei quem foi o cérebro que pensou nisso. É indecente. O médico não completa o curso em seis anos. Ele faz mais três ou cinco de especialização para poder entrar no mercado. Ou seja, vai pular de 11 para 13 anos de formação. É um contrassenso — disse.

Para presidente da SBMFC, é questionável medida do governo

O presidente da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC), Nulvio Lermen Junior, disse nesta segunda-feira que é duvidosa a medida do governo de obrigar recém-formados em Medicina a trabalhar no Sistema Único de Saúde (SUS) por dois anos para obter diploma. Para ele, o SUS precisa de profissionais já qualificados. A SBMFC representa os médicos que prestam serviços de Atenção Primária em Saúde, como o Programa de Saúde da Família (PSF).

Nulvio Lermen Junior reconhece a necessidade de prover médicos em algumas regiões brasileiras, como o Norte e o Nordeste. Segundo Lermen, que também é coordenador da residência em Medicina de Família e Comunidade do município do Rio de Janeiro, o problema que causa a carência de médicos nas periferias das grandes cidades e no interior do país é multifatorial.

— O governo tem que melhorar a infraestrutura, criar um plano de carreira adequado, oferecer condições de vida apropriadas para os profissionais e para a família e, claro, com salário condizente, que não precisa ser muito diferente das outras regiões. Não adianta atender a só um desses itens. Do contrário, a pessoa pode até ir se aventurar, mas acabar logo desistindo. Não há alguém que aguente viver por muito tempo sem esses fatores envolvidos — declarou Lermen.

A SBMFC não enxerga restrições na contratação de médicos estrangeiros. No entanto, o presidente da entidade defende a aplicação de um exame de validação do profissional estrangeiro para que este possa atuar no país, de forma que garanta a saúde do paciente. Lermen acredita que essa importação de médicos pode ajudar a sanar o déficit existente nesses locais, mas considera que muitos brasileiros poderiam se interessar por essas vagas se o emprego apresentasse melhores condições.

Segundo Nulvio Lermen Junior, profissionais de organizações que realizam trabalhos de cunho social em lugares tão longe, como os Médicos Sem Fronteira, não seriam suficientes para a demanda. Além disso, para Lermen, é pessoal a explicação sobre por que esses médicos escolhem se dedicar a outros países para ações humanitárias ao invés do Brasil.

— Eles se fixariam nesses lugares sem problema algum, mas sabemos que são poucos médicos que se propõem a trabalhar nessas condições e são poucos os médicos dispostos a sair para missões, que são de curta duração. A proposta do governo não é esta, mas sim de um ano, dois anos ou mais. Ações como Médicos Sem Fronteira não seriam a resposta para o problema que o governo quer enfrentar — afirmou Lermen.

Na cidade do Rio de Janeiro, Nulvio Lermen Junior conta que o principal motivo que desestimula a categoria é a violência. Ele relata que médicos já não veem com tanto receio a atuação em comunidades, desde que estas estejam pacificadas. Lermen cita o Complexo da Maré como um dos locais onde faltam profissionais.

Para o presidente do Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp), Renato Azevedo Jr., o governo federal não pode obrigar onde um estudante de Medicina deverá atuar. Ele lembra que a Constituição garante o direito do indivíduo escolher a sua profissão e área de atuação. Na avaliação dele, essa proposta deveria ser melhor discutida entre o governo federal e entidades da categoria. Segundo ele, a iniciativa nunca foi objeto de debate com entidades médicas.

— A Constituição Federal garante o direito de ir e vir. Não se pode fazer uma coisa obrigatória. Com essas propostas demagógicas, o país acaba escamoteando o tema do subfinanciamento da saúde pública. Nós exigimos que se trate realmente da saúde como prioridade, não com retórica pré-eleitoral — criticou.

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