domingo, 27 de julho de 2014

A VERDADE SOBRE OS INSTITUTOS DE PESQUISAS: E O VOTO COMPRADO
INTRODUÇÃO
Nas cidades do interior ainda é comum a pessoa votar por simpatia, amizade por esse e aquele candidato. No entanto, o voto comprado sempre existiu e jamais deixará de existir, enquanto o processo eleitoral não evoluir. Mas não evolui porque não há democracia, nem aqui e nem em qualquer parte do mundo.
Democracia é dar direito, é ceder, oportunizar. Isso é o que se chama democracia. Entretanto, o que se observa é que o poder é cada vez mais concentrador nas mãos de uma minoria de privilegiados, os que estão com a economia em suas mãos.

É comum a pessoa votar em troca de favores. Mas isso só ocorre porque o eleitor não enxerga nenhuma vantagem na eleição, pois, assim que a eleição termina, o candidato eleitor dá as costas para o eleitor, só voltando apenas depois de quatro anos.
Não adianta o falso argumento de que o voto é cidadania, é ética e outros mais. O eleitor não percebe a coisa desse jeito, pois, mesmo aquele que vota por convicção política, critica, já que o seu candidato fez também tudo ao contrário do que prometera e se comprometera.
1 - AS OBRAS EM DETRIMENTO DA VONTADE POPULAR
1.1 - Construção de Arenas de futebol em detrimento do #SUS
O político promete uma coisa e faz outra completamente diferente. As obras das Arenas de futebol, construídas para a Copa do Mundo em 2014 são exemplos disso. Foram mais de 31 bilhões de reais extraídos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) para a construção do evento. Os políticos simplesmente não deram ouvidos à população que foi às ruas, mais de 20 milhões de pessoas participaram dos protestos. Mas o o governo, os políticos não deram atenção. E isso se deve ao voto comprado, vendido, pois com este tipo de eleição, político não  se preocupa com a população, o eleitor, e sim com o adversário, pois ele sabe que o voto será conquistado em prefeituras, em empresas, em organizações. Por conta desse processo, dinheiro público é investido em empresas que apoiaram a compra do voto.
1.2 - A construção do Açude Castanhão - Ceará com dinheiro público
Quando assumiu por um dia a presidência da República, na década de 1980, o presidente da Câmara dos Deputados, colocou mais de 100 políticos em um avião e voou direto para a cidade de Jaguaribara, dizendo que ali seria construído um açude gigantesco, o Castanhão. Isso sem nenhuma consulta popular à população daquela cidade. Um verdadeiro terrorismo para aqueles moradores, pois a cidade foi inundada e milhares de famílias foram colocadas para fora de suas casas, saindo por aí, pedindo esmola.
É assim que o político age, ele simplesmente compra o voto, manipula e age da melhor forma que lhe convém, mas sempre em detrimento dos reais interesses da sociedade. Hoje esse açude serve a cidade de Fortaleza, onde a burguesia inoperante e ociosa, desfruta da água em banhos de piscina em seus condomínios de luxo.
Quem passa na calçada destes condomínios de luxo, com total desperdício de água, não percebe que esta água vem da miséria de milhares de famílias que perderam suas casas na cidade de Jaguaribara.
Observe agora o contraste da realidade.
Veja, crianças carregando balde com água na cabeça, ao lado do açude que manda água encanada com eletricidade para a cidade de Fortaleza se embelezar com piscinas flutuantes.
Entretanto, a população eleitora não percebe essa situação, pois o Estado não fornece uma educação política de qualidade. O aluno fica configurado apenas para decorar textos, fazer cursos profissionalizantes, sem ter uma visão crática da realidade.
1.3 - O funcionamento dos institutos de pesquisa om foco nas eleições
Há um forte aparato do Estado para que as coisas funcionem do jeito que os empresários gostam. Tudo tem que ser feito como se fosse realidade, verdade. É a ótica da democracia.
Desde que foi criada na Grécia antiga, a democracia vem servindo aos poderosos, pois, procura sempre da a entender que todos têm os mesmos direitos.
Em vista disso, a população acredita que está escolhendo de fato um candidato, sendo dona da situação. É comum quando há corrupção, os políticos espalharem a ideia de que nas eleições o povo dará o troco. Pura ideologia das classes dominantes.
Com esses trunfo na manga, o poder dominante faz o que bem entende, ao ponto de obrigar o cidadão a votar, coisa vista apenas nos países considerados ditatoriais. E aí reside outra farsa. Já que a ideia de ditadura é a não realização de eleições, os poderosos ficam por cima, pois fica complicado chamar de ditadura uma política que faz justamente o contrário, obriga a votar.
O eleitor comum não percebe  que a gravidade da situação é essa, pois é na eleição obrigatória que o governo ganha popularidade, pois alega aos quatro ventos que foi eleito por larga maioria.
Com base nestes fatos, foram criados os institutos de pesquisas na época da ditadura de Getúlio Vargas.
É do conhecimento dos cientistas políticos que toda ditadura tem duas características básicas:
a) Detesta vaias;
b) Adora altos índices de aceitação de seu governo nas pesquisas.
1.4 - Manipulação de votos com o objetivo de dar uma situação para o resultado eleitoral

Quando divulga os dados, o governo vai tomando providências no sentido de conferir, bater pesquisa com o resultado das urnas. Evidentemente que há a fiscalização dos partidos, mas a informática ajuda e muito.
1.5 - Recursos de informática que podem ser usados
O Estado, através dos recursos de informática, utiliza esta ferramenta em seu benefício. Assim, o resultado da eleição é sempre parecido com o que foi divulgado pelos institutos. O povo comum, a população menos informada, que é a grande maioria, acaba acreditando que a eleição é verdadeira.
A prova disso, é que as pessoas que conhecem informática, sabem que a manipulação é visível. Entretanto, as pessoas que não conhecem a informática, dizem que o voto biométrico é um avanço, é o progresso. E é isto o que o Estado ditador burguês quer ouvir. O político rouba o seu voto pelo computador, usando a biometria.
Há forte propaganda do Estado para o voto biométrico, a biometria. Tudo numa ideologia no sentido de legalizar essa ferramenta. Foi uma das medidas criadas para dar a entender que o voto é  honesto. Quer dizer, muda a embalagem mas o conteúdo venenoso é o mesmo.











TRABALHO PAGO
Incrível como o ensino está defasado no Brasil. As pessoas não sabem exatamente o que estão fazendo. O indivíduo entra para um curso, passa quatro anos, e no final, na hora de mostrar o que aprendeu, o que vai levá-lo a caminhar na vida, ele paga outra pessoa para fazer isso.
Quer dizer, passa a procuração para outra pessoa.
Mas a culpa disso é da Universidade que só se preocupa em ganhar mais e mais dinheiro, explorando os estudantes, e o Estado que não se preocupa que fornecer uma educação de qualidade para todos.
Os meios de comunicação, eternos aliados dos governos, exercem forte influência sobre os estudantes, pois refletem o que há na sociedade. Não se pode dizer que eles contribuem de forma negativa ou positiva, pois há as limitações de cada instituição. Mas poderiam ser aliados da sociedade e não do poder central e opressor.
Certa vez, um médico, cirurgião, de um hospital público chegou para um professor e lhe pediu que fizesse uma revisão estatística em sua planilha do Excel onde estavam dados de uma pesquisa para a sua pós-graduação. Enquanto isso, sua mulher, ao lado, dizia: "O fulano fica perdendo tempo com isso. Eu, quando fiz o meu mestrado, copiei tudo pela internet e os professores nem notaram nada". Vale salientar que ela era também médica.
Agora vem a indagação: Como acreditar em profissionais de saúde que não se interessam nem em fazer um levantamento sobre determinada patologia que seria em benefício não apenas seu mas também de toda a sociedade?  Fica difícil.
Mas a culpa vem em grande escala do próprio Estado que não da prioridade à saúde e a educação.
Enquanto isso, estudantes de medicina, com todos os problemas do #SUS, ainda compram trabalhos, em vez de elaborarem uma pesquisa, pelo menos que envolva atendimento médico.


quarta-feira, 17 de julho de 2013

A DEFASAGEM DOS INSTITUTOS DE PESQUISAS E A REVOLUÇÃO DAS REDES SOCIAIS

Artigo
#ogiganteacordou: as manifestações de junho de 2013 e os Institutos de Pesquisas Tradicionais
Roberto Soares
A televisão chegou atrás, pois apenas mostrou o que as Redes Sociais postaram. Antes, refém dos meios de comunicação, as pessoas passaram a se desinteressar dos jornais, pois só faziam ouvir, e ouvir sem comunicar é dominação. Cansa. E os homens e as mulheres partiram para o processo interativo. E-mail, Facebook, twitter e muitos outros.
E na simples comunicação, reduzindo o tamanho das palavras, dizendo coisas simples, mas sinceras, as pessoas descobriram um novo mundo. E a coisa não ficou só no computador não, partiu para tablete, notebook, celulares e vários meios eletrônicos de comunicação. Aonde se via pessoas passando, um celular ao ouvido, atentos, comunicação de massa, sim, interatividade entre as pessoas numa teia de conversas, invisíveis, em todo o mundo.
E esse negócio só poderia resultar em uma coisa: informação. E de repente, as aulas de professores alheios aos processos digitais ficaram sendo consideradas coisas do passado, história da Carochinha.
Fica até difícil descrever o óbvio. E as Redes Sociais foram ganhando terreno.
Encontros marcados
Os encontros via Redes Sociais passaram a se tornarem comuns, silenciosamente. Vez por outra, os jornais de televisão apontavam os perigos da internet, pais ficavam preocupados com os filhos. As empresas ultra conservadoras viam na internet apenas um meio de trabalho rotineiro, formas de jogar games, bate-papos e outros entretenimentos do tipo água com açúcar.
Enquanto isso, o gigante da comunicação mundial ganhava vida. Todo tipo de objetos eletrônicos inundavam os mercados, lixo digital, críticas ambientalistas, e muitas outras formas de se ver um perigo e um benefício da internet.
Comércio aquecido
E o comércio cada vez mais se aquecia com as vendas, lojas de informática apareciam da noite para o dia, cursos, currículos adaptados aos meios eletrônicos, cursos online. Enfim, uma rede que se estendia de forma mundial, universal. Interatividade a todo vapor.
Manifestações
E de uma hora para outra, surgem as manifestações durante todo o mês de junho de 2013. Todas movidas pelas Redes Sociais, com o Facebook liderando, seguido do twitter e outros.
Milhões de pessoas foram as ruas exigir saúde, educação, transporte, habitação, segurança, qualidade de vida e muitas coisas que nem cabiam nos cartazes de cartolina.
Pesquisas dos institutos
Apesar de tudo isso, os institutos de pesquisa do tipo IBOPE, DataFolha, Vox Populi, CNT e outros não evoluíram, pois não souberam coletar dados pela internet, numa maneira clara de dizer que também estão desatualizados. E só pode, pois há anos trabalhando por encomenda para partidos políticos, dinheiro certo, sem risco, o resultado seria esse mesmo.
O certo é que as coisas mudaram. As pesquisas dos institutos estão defasadas, estão na mesma situação da máquina de datilografia diante do computador. Os institutos não estão sabendo trabalhar com as Redes Sociais. E é simples, pois eles não sabem fazer, não aprenderam, os contratos sem transparência negociados com os governos através dos tempos fizeram com que eles não acompanhassem nada.
Por isso, os dados fornecidos por estes meios de coleta de dados, mostrando uma amostra muito aquém da população brasileira, são duvidosos. Na verdade, nunca acertaram, pois as pesquisas trabalhavam de acordo com a corrupção do sistema eleitoral burguês. Tudo feito para bater. O que o instituto mostra é o caixa dois, apenas isso. E o governo faz a sua parte, manipula os dados da eleição, urna eletrônica, biometria, numa tentativa de enganar. Mas o #giganteacordou.

terça-feira, 9 de julho de 2013

#CFM questiona as medidas #MaisMédicos anunciadas por Dilma...Governo fracassa de novo...


#CFM questiona as medidas #MaisMédicos anunciadas por Dilma...

Entidades médicas vão questionar programa Mais Médicos na Justiça

·         Federação Nacional dos Médicos fala em greve geral contra programa anunciado por Dilma e compara medidas ao trabalho escravo

Evandro Éboli e Larissa Ferrari (Email · Facebook · Twitter)

·Publicado:8/07/13 - 19h02

·Atualizado:8/07/13 - 21h01

BRASÍLIA e RIO - O Conselho Federal de Medicina (CFM), em conjunto com entidades da saúde, anunciou nesta segunda-feira que nos próximos dias as medidas do programa Mais Médicos, anunciado nesta segunda-feira pela presidente Dilma Rousseff, serão questionadas na Justiça, por contrariarem a Constituição ao estipularem “cidadãos de segunda categoria, atendidos por pessoas cuja formação profissional suscita dúvidas”. Além disso, o presidente da Federação Nacional dos Médicos (FNM), Geraldo Ferreira, fez duras críticas ao programa e falou que pode haver uma greve geral da categoria contra as medidas anunciadas. Ferreira afirmou que no próximo dia 11 a categoria vai participar de uma manifestação em que vai discutir a possibilidade de uma greve geral.

— Precisamos dar uma resposta forte ao governo. O sentimento do médico é de que o governo procura confronto — disse o dirigente.

Para Ferreira, o programa precariza o trabalho do médico brasileiro e explora a mão de obra do profissional. O dirigente comparou as medidas à exploração de trabalho escravo.

Veja também










— Lamentamos profundamente a contratação do médico de forma precarizada como foi anunciada. O que o governo deveria fazer era realizar concursos e pagar decentemente o profissional, e não oferecer uma bolsa de R$ 10 mil, o que desrespeita a legislação trabalhista. Causa revolta — disse Ferreira.

Na carta, assinada pela Associação Médica Brasileira (AMB), Associação Nacional De Médicos Residentes (ANMR), Conselho Federal De Medicina (CFM) e Federação Nacional Dos Médicos (FNM), as entidades reconhecem que o governo precisa melhorar o acesso à saúde, mas avaliam que as medidas anunciadas mostram “incompreensão das autoridades à expectativa real da população”, e não “medidas paliativas, inócuas ou de resultado duvidoso”. Elas avaliam como “irresponsáveis” a vinda de médicos estrangeiros sem aprovação no Revalida e a abertura de mais vagas em escolas médicas “sem qualidade”.

Além da importação de médicos, o plano anunciado em Brasília prevê que curso de medicina terá mais 2 anos, com serviço obrigatório no Sistema Único de Saúde. O estudante receberá bolsa pelos serviços e a medida deve valer em 2015. As entidades da área de saúde questionaram o aumento em dois anos do tempo de formação dos médicos, o que eles chamam de “manobra que favorece a exploração de mão de obra”.

Fereira também criticou também a contratação de médicos estrangeiros sem necessidade do Revalida, o exame de reconhecimento do diploma.

— O Revalida é o atestado desse médico. Sem ele não teremos a menor condição de saber se o profissional tem uma formação adequada. O pior de tudo é que o governo quer trazer sem o Revalida e fixá-lo num lugar de onde ele não poderá sair. Isso é trabalho escravo. Vamos denunciar na OIT (Organização Internacional do Trabalho).

Ferreira criticou também a ampliação de seis para oito anos o curso de Medicina, com a exigências que nesses dois últimos anos o profissional se dedique ao SUS.

— Essa é outra exploração grosseria do trabalho médico. Não sei quem foi o cérebro que pensou nisso. É indecente. O médico não completa o curso em seis anos. Ele faz mais três ou cinco de especialização para poder entrar no mercado. Ou seja, vai pular de 11 para 13 anos de formação. É um contrassenso — disse.

Para presidente da SBMFC, é questionável medida do governo

O presidente da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC), Nulvio Lermen Junior, disse nesta segunda-feira que é duvidosa a medida do governo de obrigar recém-formados em Medicina a trabalhar no Sistema Único de Saúde (SUS) por dois anos para obter diploma. Para ele, o SUS precisa de profissionais já qualificados. A SBMFC representa os médicos que prestam serviços de Atenção Primária em Saúde, como o Programa de Saúde da Família (PSF).

Nulvio Lermen Junior reconhece a necessidade de prover médicos em algumas regiões brasileiras, como o Norte e o Nordeste. Segundo Lermen, que também é coordenador da residência em Medicina de Família e Comunidade do município do Rio de Janeiro, o problema que causa a carência de médicos nas periferias das grandes cidades e no interior do país é multifatorial.

— O governo tem que melhorar a infraestrutura, criar um plano de carreira adequado, oferecer condições de vida apropriadas para os profissionais e para a família e, claro, com salário condizente, que não precisa ser muito diferente das outras regiões. Não adianta atender a só um desses itens. Do contrário, a pessoa pode até ir se aventurar, mas acabar logo desistindo. Não há alguém que aguente viver por muito tempo sem esses fatores envolvidos — declarou Lermen.

A SBMFC não enxerga restrições na contratação de médicos estrangeiros. No entanto, o presidente da entidade defende a aplicação de um exame de validação do profissional estrangeiro para que este possa atuar no país, de forma que garanta a saúde do paciente. Lermen acredita que essa importação de médicos pode ajudar a sanar o déficit existente nesses locais, mas considera que muitos brasileiros poderiam se interessar por essas vagas se o emprego apresentasse melhores condições.

Segundo Nulvio Lermen Junior, profissionais de organizações que realizam trabalhos de cunho social em lugares tão longe, como os Médicos Sem Fronteira, não seriam suficientes para a demanda. Além disso, para Lermen, é pessoal a explicação sobre por que esses médicos escolhem se dedicar a outros países para ações humanitárias ao invés do Brasil.

— Eles se fixariam nesses lugares sem problema algum, mas sabemos que são poucos médicos que se propõem a trabalhar nessas condições e são poucos os médicos dispostos a sair para missões, que são de curta duração. A proposta do governo não é esta, mas sim de um ano, dois anos ou mais. Ações como Médicos Sem Fronteira não seriam a resposta para o problema que o governo quer enfrentar — afirmou Lermen.

Na cidade do Rio de Janeiro, Nulvio Lermen Junior conta que o principal motivo que desestimula a categoria é a violência. Ele relata que médicos já não veem com tanto receio a atuação em comunidades, desde que estas estejam pacificadas. Lermen cita o Complexo da Maré como um dos locais onde faltam profissionais.

Para o presidente do Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp), Renato Azevedo Jr., o governo federal não pode obrigar onde um estudante de Medicina deverá atuar. Ele lembra que a Constituição garante o direito do indivíduo escolher a sua profissão e área de atuação. Na avaliação dele, essa proposta deveria ser melhor discutida entre o governo federal e entidades da categoria. Segundo ele, a iniciativa nunca foi objeto de debate com entidades médicas.

— A Constituição Federal garante o direito de ir e vir. Não se pode fazer uma coisa obrigatória. Com essas propostas demagógicas, o país acaba escamoteando o tema do subfinanciamento da saúde pública. Nós exigimos que se trate realmente da saúde como prioridade, não com retórica pré-eleitoral — criticou.

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Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/pais/entidades-medicas-vao-questionar-programa-mais-medicos-na-justica-8963915#ixzz2YZFVuSxR
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·Publicado:8/07/13 - 19h02

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BRASÍLIA e RIO - O Conselho Federal de Medicina (CFM), em conjunto com entidades da saúde, anunciou nesta segunda-feira que nos próximos dias as medidas do programa Mais Médicos, anunciado nesta segunda-feira pela presidente Dilma Rousseff, serão questionadas na Justiça, por contrariarem a Constituição ao estipularem “cidadãos de segunda categoria, atendidos por pessoas cuja formação profissional suscita dúvidas”. Além disso, o presidente da Federação Nacional dos Médicos (FNM), Geraldo Ferreira, fez duras críticas ao programa e falou que pode haver uma greve geral da categoria contra as medidas anunciadas. Ferreira afirmou que no próximo dia 11 a categoria vai participar de uma manifestação em que vai discutir a possibilidade de uma greve geral.

— Precisamos dar uma resposta forte ao governo. O sentimento do médico é de que o governo procura confronto — disse o dirigente.

Para Ferreira, o programa precariza o trabalho do médico brasileiro e explora a mão de obra do profissional. O dirigente comparou as medidas à exploração de trabalho escravo.

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— Lamentamos profundamente a contratação do médico de forma precarizada como foi anunciada. O que o governo deveria fazer era realizar concursos e pagar decentemente o profissional, e não oferecer uma bolsa de R$ 10 mil, o que desrespeita a legislação trabalhista. Causa revolta — disse Ferreira.

Na carta, assinada pela Associação Médica Brasileira (AMB), Associação Nacional De Médicos Residentes (ANMR), Conselho Federal De Medicina (CFM) e Federação Nacional Dos Médicos (FNM), as entidades reconhecem que o governo precisa melhorar o acesso à saúde, mas avaliam que as medidas anunciadas mostram “incompreensão das autoridades à expectativa real da população”, e não “medidas paliativas, inócuas ou de resultado duvidoso”. Elas avaliam como “irresponsáveis” a vinda de médicos estrangeiros sem aprovação no Revalida e a abertura de mais vagas em escolas médicas “sem qualidade”.

Além da importação de médicos, o plano anunciado em Brasília prevê que curso de medicina terá mais 2 anos, com serviço obrigatório no Sistema Único de Saúde. O estudante receberá bolsa pelos serviços e a medida deve valer em 2015. As entidades da área de saúde questionaram o aumento em dois anos do tempo de formação dos médicos, o que eles chamam de “manobra que favorece a exploração de mão de obra”.

Fereira também criticou também a contratação de médicos estrangeiros sem necessidade do Revalida, o exame de reconhecimento do diploma.

— O Revalida é o atestado desse médico. Sem ele não teremos a menor condição de saber se o profissional tem uma formação adequada. O pior de tudo é que o governo quer trazer sem o Revalida e fixá-lo num lugar de onde ele não poderá sair. Isso é trabalho escravo. Vamos denunciar na OIT (Organização Internacional do Trabalho).

Ferreira criticou também a ampliação de seis para oito anos o curso de Medicina, com a exigências que nesses dois últimos anos o profissional se dedique ao SUS.

— Essa é outra exploração grosseria do trabalho médico. Não sei quem foi o cérebro que pensou nisso. É indecente. O médico não completa o curso em seis anos. Ele faz mais três ou cinco de especialização para poder entrar no mercado. Ou seja, vai pular de 11 para 13 anos de formação. É um contrassenso — disse.

Para presidente da SBMFC, é questionável medida do governo

O presidente da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC), Nulvio Lermen Junior, disse nesta segunda-feira que é duvidosa a medida do governo de obrigar recém-formados em Medicina a trabalhar no Sistema Único de Saúde (SUS) por dois anos para obter diploma. Para ele, o SUS precisa de profissionais já qualificados. A SBMFC representa os médicos que prestam serviços de Atenção Primária em Saúde, como o Programa de Saúde da Família (PSF).

Nulvio Lermen Junior reconhece a necessidade de prover médicos em algumas regiões brasileiras, como o Norte e o Nordeste. Segundo Lermen, que também é coordenador da residência em Medicina de Família e Comunidade do município do Rio de Janeiro, o problema que causa a carência de médicos nas periferias das grandes cidades e no interior do país é multifatorial.

— O governo tem que melhorar a infraestrutura, criar um plano de carreira adequado, oferecer condições de vida apropriadas para os profissionais e para a família e, claro, com salário condizente, que não precisa ser muito diferente das outras regiões. Não adianta atender a só um desses itens. Do contrário, a pessoa pode até ir se aventurar, mas acabar logo desistindo. Não há alguém que aguente viver por muito tempo sem esses fatores envolvidos — declarou Lermen.

A SBMFC não enxerga restrições na contratação de médicos estrangeiros. No entanto, o presidente da entidade defende a aplicação de um exame de validação do profissional estrangeiro para que este possa atuar no país, de forma que garanta a saúde do paciente. Lermen acredita que essa importação de médicos pode ajudar a sanar o déficit existente nesses locais, mas considera que muitos brasileiros poderiam se interessar por essas vagas se o emprego apresentasse melhores condições.

Segundo Nulvio Lermen Junior, profissionais de organizações que realizam trabalhos de cunho social em lugares tão longe, como os Médicos Sem Fronteira, não seriam suficientes para a demanda. Além disso, para Lermen, é pessoal a explicação sobre por que esses médicos escolhem se dedicar a outros países para ações humanitárias ao invés do Brasil.

— Eles se fixariam nesses lugares sem problema algum, mas sabemos que são poucos médicos que se propõem a trabalhar nessas condições e são poucos os médicos dispostos a sair para missões, que são de curta duração. A proposta do governo não é esta, mas sim de um ano, dois anos ou mais. Ações como Médicos Sem Fronteira não seriam a resposta para o problema que o governo quer enfrentar — afirmou Lermen.

Na cidade do Rio de Janeiro, Nulvio Lermen Junior conta que o principal motivo que desestimula a categoria é a violência. Ele relata que médicos já não veem com tanto receio a atuação em comunidades, desde que estas estejam pacificadas. Lermen cita o Complexo da Maré como um dos locais onde faltam profissionais.

Para o presidente do Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp), Renato Azevedo Jr., o governo federal não pode obrigar onde um estudante de Medicina deverá atuar. Ele lembra que a Constituição garante o direito do indivíduo escolher a sua profissão e área de atuação. Na avaliação dele, essa proposta deveria ser melhor discutida entre o governo federal e entidades da categoria. Segundo ele, a iniciativa nunca foi objeto de debate com entidades médicas.

— A Constituição Federal garante o direito de ir e vir. Não se pode fazer uma coisa obrigatória. Com essas propostas demagógicas, o país acaba escamoteando o tema do subfinanciamento da saúde pública. Nós exigimos que se trate realmente da saúde como prioridade, não com retórica pré-eleitoral — criticou.

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·Atualizado:8/07/13 - 21h01

BRASÍLIA e RIO - O Conselho Federal de Medicina (CFM), em conjunto com entidades da saúde, anunciou nesta segunda-feira que nos próximos dias as medidas do programa Mais Médicos, anunciado nesta segunda-feira pela presidente Dilma Rousseff, serão questionadas na Justiça, por contrariarem a Constituição ao estipularem “cidadãos de segunda categoria, atendidos por pessoas cuja formação profissional suscita dúvidas”. Além disso, o presidente da Federação Nacional dos Médicos (FNM), Geraldo Ferreira, fez duras críticas ao programa e falou que pode haver uma greve geral da categoria contra as medidas anunciadas. Ferreira afirmou que no próximo dia 11 a categoria vai participar de uma manifestação em que vai discutir a possibilidade de uma greve geral.

— Precisamos dar uma resposta forte ao governo. O sentimento do médico é de que o governo procura confronto — disse o dirigente.

Para Ferreira, o programa precariza o trabalho do médico brasileiro e explora a mão de obra do profissional. O dirigente comparou as medidas à exploração de trabalho escravo.

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Na carta, assinada pela Associação Médica Brasileira (AMB), Associação Nacional De Médicos Residentes (ANMR), Conselho Federal De Medicina (CFM) e Federação Nacional Dos Médicos (FNM), as entidades reconhecem que o governo precisa melhorar o acesso à saúde, mas avaliam que as medidas anunciadas mostram “incompreensão das autoridades à expectativa real da população”, e não “medidas paliativas, inócuas ou de resultado duvidoso”. Elas avaliam como “irresponsáveis” a vinda de médicos estrangeiros sem aprovação no Revalida e a abertura de mais vagas em escolas médicas “sem qualidade”.

Além da importação de médicos, o plano anunciado em Brasília prevê que curso de medicina terá mais 2 anos, com serviço obrigatório no Sistema Único de Saúde. O estudante receberá bolsa pelos serviços e a medida deve valer em 2015. As entidades da área de saúde questionaram o aumento em dois anos do tempo de formação dos médicos, o que eles chamam de “manobra que favorece a exploração de mão de obra”.

Fereira também criticou também a contratação de médicos estrangeiros sem necessidade do Revalida, o exame de reconhecimento do diploma.

— O Revalida é o atestado desse médico. Sem ele não teremos a menor condição de saber se o profissional tem uma formação adequada. O pior de tudo é que o governo quer trazer sem o Revalida e fixá-lo num lugar de onde ele não poderá sair. Isso é trabalho escravo. Vamos denunciar na OIT (Organização Internacional do Trabalho).

Ferreira criticou também a ampliação de seis para oito anos o curso de Medicina, com a exigências que nesses dois últimos anos o profissional se dedique ao SUS.

— Essa é outra exploração grosseria do trabalho médico. Não sei quem foi o cérebro que pensou nisso. É indecente. O médico não completa o curso em seis anos. Ele faz mais três ou cinco de especialização para poder entrar no mercado. Ou seja, vai pular de 11 para 13 anos de formação. É um contrassenso — disse.

Para presidente da SBMFC, é questionável medida do governo

O presidente da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC), Nulvio Lermen Junior, disse nesta segunda-feira que é duvidosa a medida do governo de obrigar recém-formados em Medicina a trabalhar no Sistema Único de Saúde (SUS) por dois anos para obter diploma. Para ele, o SUS precisa de profissionais já qualificados. A SBMFC representa os médicos que prestam serviços de Atenção Primária em Saúde, como o Programa de Saúde da Família (PSF).

Nulvio Lermen Junior reconhece a necessidade de prover médicos em algumas regiões brasileiras, como o Norte e o Nordeste. Segundo Lermen, que também é coordenador da residência em Medicina de Família e Comunidade do município do Rio de Janeiro, o problema que causa a carência de médicos nas periferias das grandes cidades e no interior do país é multifatorial.

— O governo tem que melhorar a infraestrutura, criar um plano de carreira adequado, oferecer condições de vida apropriadas para os profissionais e para a família e, claro, com salário condizente, que não precisa ser muito diferente das outras regiões. Não adianta atender a só um desses itens. Do contrário, a pessoa pode até ir se aventurar, mas acabar logo desistindo. Não há alguém que aguente viver por muito tempo sem esses fatores envolvidos — declarou Lermen.

A SBMFC não enxerga restrições na contratação de médicos estrangeiros. No entanto, o presidente da entidade defende a aplicação de um exame de validação do profissional estrangeiro para que este possa atuar no país, de forma que garanta a saúde do paciente. Lermen acredita que essa importação de médicos pode ajudar a sanar o déficit existente nesses locais, mas considera que muitos brasileiros poderiam se interessar por essas vagas se o emprego apresentasse melhores condições.

Segundo Nulvio Lermen Junior, profissionais de organizações que realizam trabalhos de cunho social em lugares tão longe, como os Médicos Sem Fronteira, não seriam suficientes para a demanda. Além disso, para Lermen, é pessoal a explicação sobre por que esses médicos escolhem se dedicar a outros países para ações humanitárias ao invés do Brasil.

— Eles se fixariam nesses lugares sem problema algum, mas sabemos que são poucos médicos que se propõem a trabalhar nessas condições e são poucos os médicos dispostos a sair para missões, que são de curta duração. A proposta do governo não é esta, mas sim de um ano, dois anos ou mais. Ações como Médicos Sem Fronteira não seriam a resposta para o problema que o governo quer enfrentar — afirmou Lermen.

Na cidade do Rio de Janeiro, Nulvio Lermen Junior conta que o principal motivo que desestimula a categoria é a violência. Ele relata que médicos já não veem com tanto receio a atuação em comunidades, desde que estas estejam pacificadas. Lermen cita o Complexo da Maré como um dos locais onde faltam profissionais.

Para o presidente do Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp), Renato Azevedo Jr., o governo federal não pode obrigar onde um estudante de Medicina deverá atuar. Ele lembra que a Constituição garante o direito do indivíduo escolher a sua profissão e área de atuação. Na avaliação dele, essa proposta deveria ser melhor discutida entre o governo federal e entidades da categoria. Segundo ele, a iniciativa nunca foi objeto de debate com entidades médicas.

— A Constituição Federal garante o direito de ir e vir. Não se pode fazer uma coisa obrigatória. Com essas propostas demagógicas, o país acaba escamoteando o tema do subfinanciamento da saúde pública. Nós exigimos que se trate realmente da saúde como prioridade, não com retórica pré-eleitoral — criticou.

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