INTRODUÇÃO
Nas cidades do interior ainda é comum a pessoa votar por simpatia, amizade por esse e aquele candidato. No entanto, o voto comprado sempre existiu e jamais deixará de existir, enquanto o processo eleitoral não evoluir. Mas não evolui porque não há democracia, nem aqui e nem em qualquer parte do mundo.
Democracia é dar direito, é ceder, oportunizar. Isso é o que se chama democracia. Entretanto, o que se observa é que o poder é cada vez mais concentrador nas mãos de uma minoria de privilegiados, os que estão com a economia em suas mãos.
É comum a pessoa votar em troca de favores. Mas isso só ocorre porque o eleitor não enxerga nenhuma vantagem na eleição, pois, assim que a eleição termina, o candidato eleitor dá as costas para o eleitor, só voltando apenas depois de quatro anos.
Não adianta o falso argumento de que o voto é cidadania, é ética e outros mais. O eleitor não percebe a coisa desse jeito, pois, mesmo aquele que vota por convicção política, critica, já que o seu candidato fez também tudo ao contrário do que prometera e se comprometera.
1 - AS OBRAS EM DETRIMENTO DA VONTADE POPULAR
1.1 - Construção de Arenas de futebol em detrimento do #SUS
O político promete uma coisa e faz outra completamente diferente. As obras das Arenas de futebol, construídas para a Copa do Mundo em 2014 são exemplos disso. Foram mais de 31 bilhões de reais extraídos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) para a construção do evento. Os políticos simplesmente não deram ouvidos à população que foi às ruas, mais de 20 milhões de pessoas participaram dos protestos. Mas o o governo, os políticos não deram atenção. E isso se deve ao voto comprado, vendido, pois com este tipo de eleição, político não se preocupa com a população, o eleitor, e sim com o adversário, pois ele sabe que o voto será conquistado em prefeituras, em empresas, em organizações. Por conta desse processo, dinheiro público é investido em empresas que apoiaram a compra do voto.
1.2 - A construção do Açude Castanhão - Ceará com dinheiro público
Quando assumiu por um dia a presidência da República, na década de 1980, o presidente da Câmara dos Deputados, colocou mais de 100 políticos em um avião e voou direto para a cidade de Jaguaribara, dizendo que ali seria construído um açude gigantesco, o Castanhão. Isso sem nenhuma consulta popular à população daquela cidade. Um verdadeiro terrorismo para aqueles moradores, pois a cidade foi inundada e milhares de famílias foram colocadas para fora de suas casas, saindo por aí, pedindo esmola.
É assim que o político age, ele simplesmente compra o voto, manipula e age da melhor forma que lhe convém, mas sempre em detrimento dos reais interesses da sociedade. Hoje esse açude serve a cidade de Fortaleza, onde a burguesia inoperante e ociosa, desfruta da água em banhos de piscina em seus condomínios de luxo.
Quem passa na calçada destes condomínios de luxo, com total desperdício de água, não percebe que esta água vem da miséria de milhares de famílias que perderam suas casas na cidade de Jaguaribara.
Observe agora o contraste da realidade.
Veja, crianças carregando balde com água na cabeça, ao lado do açude que manda água encanada com eletricidade para a cidade de Fortaleza se embelezar com piscinas flutuantes.
Entretanto, a população eleitora não percebe essa situação, pois o Estado não fornece uma educação política de qualidade. O aluno fica configurado apenas para decorar textos, fazer cursos profissionalizantes, sem ter uma visão crática da realidade.
1.3 - O funcionamento dos institutos de pesquisa om foco nas eleições
Há um forte aparato do Estado para que as coisas funcionem do jeito que os empresários gostam. Tudo tem que ser feito como se fosse realidade, verdade. É a ótica da democracia.
Desde que foi criada na Grécia antiga, a democracia vem servindo aos poderosos, pois, procura sempre da a entender que todos têm os mesmos direitos.
Em vista disso, a população acredita que está escolhendo de fato um candidato, sendo dona da situação. É comum quando há corrupção, os políticos espalharem a ideia de que nas eleições o povo dará o troco. Pura ideologia das classes dominantes.
Com esses trunfo na manga, o poder dominante faz o que bem entende, ao ponto de obrigar o cidadão a votar, coisa vista apenas nos países considerados ditatoriais. E aí reside outra farsa. Já que a ideia de ditadura é a não realização de eleições, os poderosos ficam por cima, pois fica complicado chamar de ditadura uma política que faz justamente o contrário, obriga a votar.
O eleitor comum não percebe que a gravidade da situação é essa, pois é na eleição obrigatória que o governo ganha popularidade, pois alega aos quatro ventos que foi eleito por larga maioria.
Com base nestes fatos, foram criados os institutos de pesquisas na época da ditadura de Getúlio Vargas.
É do conhecimento dos cientistas políticos que toda ditadura tem duas características básicas:
a) Detesta vaias;
b) Adora altos índices de aceitação de seu governo nas pesquisas.
1.4 - Manipulação de votos com o objetivo de dar uma situação para o resultado eleitoral
Quando divulga os dados, o governo vai tomando providências no sentido de conferir, bater pesquisa com o resultado das urnas. Evidentemente que há a fiscalização dos partidos, mas a informática ajuda e muito.
1.5 - Recursos de informática que podem ser usados
O Estado, através dos recursos de informática, utiliza esta ferramenta em seu benefício. Assim, o resultado da eleição é sempre parecido com o que foi divulgado pelos institutos. O povo comum, a população menos informada, que é a grande maioria, acaba acreditando que a eleição é verdadeira.
A prova disso, é que as pessoas que conhecem informática, sabem que a manipulação é visível. Entretanto, as pessoas que não conhecem a informática, dizem que o voto biométrico é um avanço, é o progresso. E é isto o que o Estado ditador burguês quer ouvir. O político rouba o seu voto pelo computador, usando a biometria.
Há forte propaganda do Estado para o voto biométrico, a biometria. Tudo numa ideologia no sentido de legalizar essa ferramenta. Foi uma das medidas criadas para dar a entender que o voto é honesto. Quer dizer, muda a embalagem mas o conteúdo venenoso é o mesmo.
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