quarta-feira, 17 de julho de 2013

A DEFASAGEM DOS INSTITUTOS DE PESQUISAS E A REVOLUÇÃO DAS REDES SOCIAIS

Artigo
#ogiganteacordou: as manifestações de junho de 2013 e os Institutos de Pesquisas Tradicionais
Roberto Soares
A televisão chegou atrás, pois apenas mostrou o que as Redes Sociais postaram. Antes, refém dos meios de comunicação, as pessoas passaram a se desinteressar dos jornais, pois só faziam ouvir, e ouvir sem comunicar é dominação. Cansa. E os homens e as mulheres partiram para o processo interativo. E-mail, Facebook, twitter e muitos outros.
E na simples comunicação, reduzindo o tamanho das palavras, dizendo coisas simples, mas sinceras, as pessoas descobriram um novo mundo. E a coisa não ficou só no computador não, partiu para tablete, notebook, celulares e vários meios eletrônicos de comunicação. Aonde se via pessoas passando, um celular ao ouvido, atentos, comunicação de massa, sim, interatividade entre as pessoas numa teia de conversas, invisíveis, em todo o mundo.
E esse negócio só poderia resultar em uma coisa: informação. E de repente, as aulas de professores alheios aos processos digitais ficaram sendo consideradas coisas do passado, história da Carochinha.
Fica até difícil descrever o óbvio. E as Redes Sociais foram ganhando terreno.
Encontros marcados
Os encontros via Redes Sociais passaram a se tornarem comuns, silenciosamente. Vez por outra, os jornais de televisão apontavam os perigos da internet, pais ficavam preocupados com os filhos. As empresas ultra conservadoras viam na internet apenas um meio de trabalho rotineiro, formas de jogar games, bate-papos e outros entretenimentos do tipo água com açúcar.
Enquanto isso, o gigante da comunicação mundial ganhava vida. Todo tipo de objetos eletrônicos inundavam os mercados, lixo digital, críticas ambientalistas, e muitas outras formas de se ver um perigo e um benefício da internet.
Comércio aquecido
E o comércio cada vez mais se aquecia com as vendas, lojas de informática apareciam da noite para o dia, cursos, currículos adaptados aos meios eletrônicos, cursos online. Enfim, uma rede que se estendia de forma mundial, universal. Interatividade a todo vapor.
Manifestações
E de uma hora para outra, surgem as manifestações durante todo o mês de junho de 2013. Todas movidas pelas Redes Sociais, com o Facebook liderando, seguido do twitter e outros.
Milhões de pessoas foram as ruas exigir saúde, educação, transporte, habitação, segurança, qualidade de vida e muitas coisas que nem cabiam nos cartazes de cartolina.
Pesquisas dos institutos
Apesar de tudo isso, os institutos de pesquisa do tipo IBOPE, DataFolha, Vox Populi, CNT e outros não evoluíram, pois não souberam coletar dados pela internet, numa maneira clara de dizer que também estão desatualizados. E só pode, pois há anos trabalhando por encomenda para partidos políticos, dinheiro certo, sem risco, o resultado seria esse mesmo.
O certo é que as coisas mudaram. As pesquisas dos institutos estão defasadas, estão na mesma situação da máquina de datilografia diante do computador. Os institutos não estão sabendo trabalhar com as Redes Sociais. E é simples, pois eles não sabem fazer, não aprenderam, os contratos sem transparência negociados com os governos através dos tempos fizeram com que eles não acompanhassem nada.
Por isso, os dados fornecidos por estes meios de coleta de dados, mostrando uma amostra muito aquém da população brasileira, são duvidosos. Na verdade, nunca acertaram, pois as pesquisas trabalhavam de acordo com a corrupção do sistema eleitoral burguês. Tudo feito para bater. O que o instituto mostra é o caixa dois, apenas isso. E o governo faz a sua parte, manipula os dados da eleição, urna eletrônica, biometria, numa tentativa de enganar. Mas o #giganteacordou.

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